terça-feira, 17 de maio de 2011

Os segredos para se escolher um notebook

                                           Responsáveis pelo maior aumento na venda de computadores no segundo trimestre do ano, os notebooks ou laptops viraram uma verdadeira coqueluche entre os consumidores brasileiros. Segundo dados do International Data Corporation (IDC), o número desses equipamentos comercializados passou de 227.599 unidades para 300.481, um aumento de pouco mais de 30%. Mas a compra desse equipamento ainda é cercada de uma série de dúvidas e cuidados que devem ser levados em conta na hora de fechar o negócio.
                                                A infinidade de opções e a particularidade da aplicação desejada ainda são os maiores problemas enfrentados pela jornalista Francine de Souza. Ela, que está fazendo pós-graduação em comunicação audiovisual, quer um notebook para editar minidocumentários. "Preciso de um aparelho que seja compatível com o Adobe Premiere (software de edição de vídeo). Toda vez que eu pergunto, as pessoas me dizem 'não compre esse porque não é compatível', 'não compre aquele porque a durabilidade é pequena' ou 'não compre esse outro porque não vai suportar suas necessidades'. Isso confunde", disse. Mesmo procurando auxílio em diversas lojas, ela ainda não encontrou segurança nas opiniões dos vendedores. "Muitas vezes tenho que me informar sozinha", explicou.
O problema da máquina x aplicação também foi enfrentado pelo veterinário Ricardo Tanck Lacerda. Dono de um notebook Acer há oito meses, ele disse que se bateu muito na hora da compra. Mesmo com a orientação dos vendedores, ele admite que a configuração escolhida foi um pouco acima de suas necessidades. "Certas coisas, como o gravador de DVD, por exemplo, eu ainda nem usei. Mas para o resto, planilha de cálculo, apresentação de trabalhos e acesso à internet, está perfeito", disse.
Além disso, a opção de adquirir o equipamento no Paraguai também foi considerada pelo médico. "Pensei em comprar lá, mas o valor investido e o problema de não ter nota e garantia me deixaram com medo. Optei então pela compra no Brasil em uma loja especializada. Consegui parcelamento em seis vezes sem juros", disse.

Vendedor

                                            Com experiência de cinco anos comercializando notebooks, o vendedor Carlos Max Hoffmann, da loja Central do Notebook, em Curitiba, afirmou que a primeira coisa a ser considerada pelo consumidor é a facilidade de assistência técnica. Para ele, o vínculo com quem vende ainda é importante no setor. "Muita gente compra o equipamento com um vendedor que só entrega. Aí, na hora de obter algum auxílio, só resta o manual e o 0800, onde te mandam ler o manual", brincou. Comprando o notebook para a filha, a dona de casa Neusa Ragonetti já pedia instruções de como proceder caso o equipamento desse problema. "Vocês resolvem?", questionou.
Outro fator importante, destacado por Carlos, é a confiabilidade da loja. "Hoje há vários lugares que comercializam alguns lotes e fecham, migram e abrem em outro lugar com outro nome. Sem confiança, pode haver calote", explicou.
                                                  Outra dica dada por ele é com relação às configurações básicas de acordo com a utilização. Para isso, a pesquisa antes de chegar até a loja é fundamental. "Se você é um engenheiro vai precisar de uma placa de vídeo melhor para executar um programa como o AutoCad (utilizado para a elaboração de projetos em três dimensões), por exemplo. Agora se for um advogado, um sistema que rode o processador de textos e acesso à internet já é suficiente", disse.

Windows

                                        Apesar da expansão do Linux, hoje a maioria das máquinas vendidas no Brasil é equipada com o sistema operacional da Microsoft. Mas, segundo Carlos, a última versão lançada requer alguns cuidados na elaboração do sistema. "Se o computador vem equipado com o Windows Vista, é melhor optar por 1 Gb de memória RAM. Se vier com menos que isso, o computador vai ficar muito lento", afirmou.


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