sexta-feira, 3 de junho de 2011

Alemanha registra 199 novos casos de E.coli em dois dias

BERLIM - O centro de controle de doenças da Alemanha divulgou nesta sexta-feira 199 novos casos nos últimos dois dias do tipo da bactéria E.coli, que até agora causou pelo menos 17 mortes.O Instituto Robert Koch disse em comunicado que foram registrados 149 casos de infecção por Escherichia coli e 50 da síndrome hemolítico-urêmica. Os novos dados elevam o total de casos desde 1º de maio para 1.733.
A região ao redor da cidade de Hamburgo, no norte da Alemanha, é o epicentro da crise, mas pessoas também ficaram doentes em outros dez países europeus e nos Estados Unidos, provavelmente após comer alface, tomates, pepinos ou outros vegetais em saladas cruas. Acredita-se que todos os pacientes tenham sido contaminados na Alemanha.
As autoridades ainda não identificaram a fonte da bactéria e continuam recomendando que seus cidadãos não comam vegetais crus.
Avanço:Cientistas identificam tipo de bactéria causadora do surto de E.coli na Alemanha
O governo alemão criou uma força-tarefa E.coli e a chanceler Angela Merkel conversou com o primeiro-ministro espanhol Jose Luis Rodriguez-Zapatero sobre o impacto do problema sobre os fazendeiros espanhóis, inicialmente responsabilizados pelo surto, informou um porta-voz.
Na última quinta-feira, a Espanha disse que pediria um ressarcimento dos danos causados pelo "erro clamoroso" alemão por associar o surto de E.coli a produtores espanhóis.
- Ficou claro com as análises da Agência Espanhola de Segurança Alimentar que não há a mínima suspeita de que a origem desta infecção tão grave venha de um produto espanhol - disse Zapatero em entrevista à rádio e TV públicas espanhola.
Na quinta-feira, a Rússia anunciou que suspenderia a importação de vegetais da União Europeia, por medo da variante da E.coli. A decisão iniciou uma disputa entre o bloco e o primeiro-ministro Vladimir Putin, que disse nesta sexta-feira que não poria fim ao embargo até as autoridades europeias identificarem a origem da bactéria.
A UE pediu a Moscou que desistisse da medida, argumentando que não há comprovação técnica que sustente a decisão, que contraria as regras da Organização Mundial do Comércio. A Rússia ainda não é membro da OMC, mas tem claras pretensões.
Em sua primeira declaração sobre o caso, Putin tentou explicar a posição russa:
- Estamos esperando nossos parceiros identificarem pelo menos a origem dessa infecção. Eles mesmos não são capazes de entender o que está acontecendo. Não podemos envenenar nosso povo em nome de um espírito - disse, referindo-se às normas da OMC que defendem igualdade das relações comerciais entre os países, sem imposições unilaterais que prejudiquem o comércio.
A agência russa de proteção ao consumidor afirmou em um comunicado que poderia relaxar a proibição se a Alemanha ou a UE fornecessem detalhes sobre as fontes da bactéria, como ela é transmitida e quais atitudes são necessárias para conter o surto.


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